O ser humano é criativo por natureza. Não importa a classe social, o país de origem ou a cor da pele, todos temos capacidade de criar e encontrar soluções para os nossos problemas. A diferença de como seremos quando adultos é a influência que o meio exerce no nosso desenvolvimento.
No texto que se segue demonstra-se claramente como muitas vezes nossas escolas, e mesmo nós pais tentamos podar a criatividade da criança impondo um saber "enlatado".
Quem disse que tenho que aprender primeiro a desenhar bolinhas e curvas para depois desenhar as letras?
Porque a flor de caule verde e pétalas vermelhas tem que ser um padrão?
Provavelmente porque aquela professora não sabia fazer outras flores, pois a sua professora a ensinou assim e ela não olhou pela janela a quantidade imensa de outras flores que estão nos jardins.
O que temos que fazer é olhar pela janela! Sim. Olhar pela janela e ver o horizonte de possibilidades a nossa volta, todo o conhecimento já a nossa disposição e tudo que podemos também ensinar aos outros. A educação é mais divertida quando permeada de descobertas, quando prazeirosa a educando e educador.
Prefiro flores azuis. Adoro as hortências.
Nívia Caroba
O menininho
Autor desconhecido
Era uma vez um menininho. Ele era bastante pequeno. E ela era uma escola grande. Mas quando o menininho descobriu que podia ir à sua sala, caminhando através da porta da rua, ele ficou feliz. E a escola não parecia tão grande quanto antes.
Uma manhã quando o menininho estava na escola, a professora disse:
- Hoje nós iremos fazer um desenho.
- Que bom! - pensou o menininho. Ele gostava de fazer desenhos. Ele podia fazê-los de todos os tipos: leões, tigres, galinhas, vacas, trens e barcos. Ele pegou sua caixa e começou a desenhar. Mas a professora disse:
- Esperem! Ainda não é hora de começar! E ela esperou que todos estivessem prontos.
- Agora. Disse a professora. Nós iremos desenhar flores.
- Que bom! - pensou o menininho. Ele gostava de desenhar flores e começou a desenhar flores com seu lápis rosa, laranja e azul. Mas a professora disse:
- Esperem! Vou mostrar como fazer.
E a flor era vermelha com caule verde.
- Assim. Disse a professora. - Agora vocês podem começar.
Então ele olhou para a sua flor. Ele gostara mais de sua flor, mas não podia dizer isso. Ele virou o papel e desenhou uma flor igual a da professora. Era vermelha com caule verde.
Num outro dia, quando o menininho estava em aula, ao ar livre, a professora disse:
- Hoje nós iremos fazer alguma coisa com barro.
Ele podia fazer todos os tipos de coisas com barro: elefantes, camundongos, carros e caminhões. E ele começou a juntar e a amassar a sua bola de barro. Mas a professora disse:
- Esperem! Não é hora de começar. E ela esperou até que todos estivessem prontos.
- Agora, disse a professora, nós iremos fazer um prato.
- Que bom, pensou o menininho. Ele gostava de fazer pratos de todas as formas e tamanhos.
A professora disse:
- Esperem! Vou mostrar como se faz. E ela mostrou como se faz um prato fundo.
- Assim, disse a professora, agora vocês podem começar. O menino olhou para o prato da professora. Então olhou para o seu próprio prato. Ele gostara mais do seu prato do que o da professora. Mas ele não podia dizer isso.
Ele amassou o seu barro numa grande bola, novamente, e fez um prato igualzinho o da professora. E muito cedo, ele não fazia mais nada por si próprio.
Então aconteceu que o menininho e sua família se mudaram para outra casa, em outra cidade e o menino teve que ir para outra escola.
Esta escola era ainda maior do que a primeira. E não havia porta da rua para a sua escola. Ele tinha que subir grandes degraus, até sua sala.
E no primeiro dia, ele estava lá. A professora disse:
- Hoje nós vamos fazer um desenho.
- Que bom! – pensou o menininho. E ele esperou que a professora dissesse o que fazer. Mas a professora não disse nada. Ela apenas andava na sala. Foi até o menininho e disse:
- Você não quer desenhar?
- Sim. Disse o menininho. O que é que nós vamos fazer?
- Eu não sei, até que você o faça. Disse a professora.
- Como eu posso fazê-lo? – Perguntou o menininho.
- Da maneira que você gostar. Disse a professora.
- E de que cor? – Perguntou o menininho.
- Se todo mundo fizer o mesmo desenho e usar as mesmas cores, como eu posso saber quem fez o que? E qual o desenho de cada um?
- Eu não sei. Disse o menininho.
E ele começou a desenhar uma flor vermelha com caule verde.
Aqui reúno um pouquinho do que leio no meu dia a dia e também um pouco do que escrevo... Têm textos que utilizo para meus estudos na faculdade, onde sempre busco citar as fontes, pois muitos são de autores que os postaram em outros sites, e por vezes tem textos de minha autoria... Há resumos, guias de estudo e muitas vezes apenas pensamentos soltos.... Comente, faça sugestões, envie sua crítica, pois só assim podemos aperfeiçoar...
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