O que penso:



Hoje penso numa palavra: Tristeza.

Como já disse noutra postagem a tragédia no Rio entristece o país inteiro. E o pior: tudo isso era previsto.
Participei da 1ªConferência Nacional de Defesa Civil e lá discutíamos a necessidade de implantar medidas preventivas, de treinar efetivamente pessoal, de traçar estratégias para essas situações. Foi tudo muito lindo, ficamos em Brasília três dias discutindo, mas muito pouco foi feito até agora.
Foi redigida a 1ª Carta Nacional de Defesa Civil; e assinada pelo então Ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, uma recomendação ao Conselho Nacional de Defesa Civil (Condec) para instituição de um Grupo de Trabalho com a finalidade de dar os encaminhamentos necessários ao cumprimento das diretrizes aprovadas
Na prática, sabe-se que há entraves burocráticos como projetos e licitações, sempre necessários quando se trata de dinheiro público, mas que diante de tais tragédias parecem grandes pedras no caminho.
E essas pedras matam centenas de pessoas, pois diante de tais omissões muitas vidas foram ceifadas.
Cabe a cada um de nós tentar fazer um pouquinho para educar o Brasil. Sim! EDUCAR o BRASIL!

Não estou me perdendo no tema, pois tudo isso nos remete a falta de educação.
Porque é necessário uma série de procedimentos para se tomar atitudes como comunicar a toda a comunidade que havia um evento climático catastrófico se aproximando e que culminaria daí algumas horas?

Porque as pessoas não estão acostumadas a confiar nessas informações!
Porque infelizes desalmados passam trotes com esse tipo de informação e desacreditam as autoridades!
Porque nem sempre as pessoas sabem identificar sinais de perigo como rachaduras, pedras que rolam numa encosta, dentre outros...
E ainda, por que é necessário fazer um orçamento X, pegar uma autorização Y e solicitar uma assinatura da pessoa W.... e no final: Ja era! Já ocorreu o dano!

Se alguem falasse um ano atrás em construir abrigos, em treinamento de evacuação do perímetro, todos o chamariam de louco! Um novo Noé contruindo sua arca. Mas agora, diante da realidade, todos gostaria de ter embarcado nessa arca, que ela ao menos estivesse em construção.
Isso é um alerta!
Há um decreto presidencial acerca do assunto, há material disponível da campanha por cidades mais seguras, mas boa parte dos entraves está nos próprios municípios. Só se pensa em Defesa Civil quando ocorrem os desastres,e não se culpa apenas os governantes, mas a sociedade, pois a prevenção não se alcança por meio de funcionários trabalhando apenas, mas de pessoas atentas, de consciência na hora de construir, no momento de autorizar o projeto de construção, a ocupação de um novo bairro, etc.

Não podemos esqueçer o desastre atual. Temos que ajudar a reconstruir, mas já pensando em ações que efetivamente previnam novos eventos.


Lutemos por cidades mais seguras!!!