segunda-feira, 28 de junho de 2010

AS TRÊS PENEIRAS

Augustus procurou Sócrates e disse-lhe:

- Sócrates, preciso contar-lhe algo sobre alguém! Você não imagina o

que me contaram a respeito de...

Nem chegou a terminar a frase, quando Sócrates ergueu os olhos do

Livro que lia e perguntou:

- Espere um pouco, Augustus. O que vai me contar já passou pelo crivo

das três peneiras?

- Peneiras? Que peneiras?

- Sim. A primeira, Augustus, é a da VERDADE. Você tem certeza de que o

que vai me contar é absolutamente verdadeiro?

- Não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram!

- Então suas palavras já vazaram a primeira peneira. Vamos então para

a segunda peneira: a BONDADE. O que vai me contar, gostaria que os

outros também dissessem a seu respeito?

- Não, Sócrates! Absolutamente, não!

- Então suas palavras vazaram, também, a segunda peneira. Vamos agora

para a terceira peneira: a NECESSIDADE. Você acha mesmo necessário

contar-me esse fato, ou mesmo passá-lo adiante? Resolve alguma coisa? Ajuda

alguém? Melhora alguma coisa?

- Não, Sócrates... Passando pelo crivo das três peneiras, compreendi

que nada me resta do que iria contar.

E Sócrates, sorrindo, concluiu:

- Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, quanto você e os

outros iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será

uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre

irmãos. Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário

infeliz!
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Primeiramente gostaria de estabelecer que aquilo que não acrescenta nada a nós e ao próximo, não precisa ser dito...